O produtor de cinema Herbert Richers, dono da empresa pioneira no ramo de dublagens no Brasil, morreu nesta sexta-feira (20), aos 86 anos, na Clínica São Vicente, Rio de Janeiro, depois de um ano de padecimento, com uma doença de rins.
O velório acontece nesta sexta, na capela 1 do cemitério Memorial do Carmo, no Rio, onde o corpo dele será cremado.
O diretor global J.B. Oliveira, o Boninho, lamentou a morte do produtor em seu Twitter. "Hoje se foi uma parte da história da TV brasileira. Nos deixou Herbert Richers, considerado o dono do melhor estúdio de dublagem do mundo", escreveu ele.
Herbert Richers nasceu em Araraquara, interior de São Paulo, em 11 de março de 1923, mas passou grande parte da sua vida no Rio de Janeiro. Em 1950, ele fundou na cidade a distribuidora de filmes Herbert Richers S.A, que depois virou uma das pioneiras no ramo da dublagem no Brasil, conhecida pelo anúncio "versão brasileira, Herbert Richers".
A dublagem foi introduzida ao produtor em 1960 pelo amigo Walt Disney, como forma de resolver o problema das legendas, que eram quase ilegíveis para a tecnologia da época (televisão pequena, em preto e branco e sem definições).
A organização Herbert Richers foi fundada em 1956 para a exclusiva produção de cinejornais. Pouco tempo depois, ela começou modestamente a produzir e distribuir longas, como a comédia Sai de Baixo (1956). Nos anos 60, ela já produzia cerca de oito filmes por ano, a maior média de qualquer estúdio ou produtora da época.
Com o desenvolvimento da televisão, Herbert Richers organizou um departamento de dublagem de filmes, lançando nomes que, mais tarde, se tornariam famosos, como Costinha, Fred e Carequinha, Ankito, Zé Trindade, Grande Otelo e Ronald Golias.
A empresa de Herbert Richers também passou a lançar filmes nacionais. Os destaques são O Assalto ao Trem Pagador (1962), Vidas Secas (1963), Bonitinha, Mas Ordinária (1963), Selva Trágica (1963) e Asfalto Selvagem (1964).
Hoje, a produtora possui um dos maiores estúdios de dublagem da América Latina e é responsável por grande parte dos filmes exibidos em português no País.
Richers deixou três filhos, Herbert Jr., Ronaldo e Celina Maria, para quem transmitiu sua paixão pelo cinema, e todos trabalham na atividade. Já há um ano, desde o afastamento do pai por motivo de saúde, os três gerem os estúdios, que agora herdam.
Com informações do JB Online
Globo
SBT
Um comentário:
Você comentou num "post" meu chamado "Versão Brasileira: Herbert Richers".
Sempre fui fã da produtora HR e de seus excelentes trabalhos.
Uma pena!
R.I.P. Herbert Richers, Deus está usufruindo de seus bons serviços agora!!!
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